Na sequência da reunião do GT2 da PNRRC realizada no passado dia 5 de Dezembro, junto se informa do resumo das principais conclusões e acções a executar pelo GT2.
Resumo da reunião do dia 05.DEZ.2018
1 – Cursos de formação para peritos em avaliação de danos estruturais pós-sismo;
Relativamente às acções de formação:
1.1 Foi realçada a importância de realização de acções de formação para aplicação da ficha de avaliação de danos pós-sismo, eventualmente organizadas para públicos-alvo distintos: uma destinada aos peritos de avaliação de danos e outra destinada aos coordenadores de equipas de avaliação. A ANPC ficou de elaborar uma proposta de estrutura para a acção de formação de peritos, a circular pelo Grupo de Trabalho para comentários;
1.2 A duração dos cursos de formação deverá ser 1 dia;
1.3 Deverá ser desenvolvido um manual para apoiar a aplicação da ficha e servir de referencia às acções de formação;
1.4 As acções de formação devem ser organizadas preferencialmente ao nível regional;
1.5 Foram sugeridas como regiões prioritárias para formação a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve (maior perigosidade sísmica);
1.6 Como potenciais formadores para as acções de formação foram referidos como exemplos corpo docente do ensino superior; ordens profissionais; LNEC;
1.7 Os peritos após a frequência da primeira acção de formação devem frequentar periodicamente cursos de reciclagem;
Relativamente às operacionalização das equipas de avaliação de danos em caso de sismo:
1.8 Deverá de ser definido um perfil para os peritos de avaliação de danos;
1.9 Deverão ser acautelados aspectos como seguros e responsabilidade dos peritos no contexto da inspecção;
1.10 Poderá ser equacionada ligação com os bombeiros, criando a valência de avaliação de danos nos corpos de bombeiros;
1.11 Terá de ser definido o modo de accionamento dos peritos para integrarem as equipas de avaliação em caso de sismo;
1.12 A ANPC e as Ordens irão promover reuniões de trabalho para analisar o modo de constituição da bolsa de peritos para integrarem as equipas de avaliação de danos.
Ainda no âmbito da avaliação de danos em edifícios correntes:
1.13 A Universidade de Aveiro informou que irá publicar em 2019 uma base de dados de resistência sísmica de paredes de alvenaria e betão – problemas e soluções, que poderá apoiar os trabalhos do GT2;
1.14 A Câmara Municipal de Lisboa informou que dispõe informação sobre a identificação de vulnerabilidades no edificado municipal (cerca de 27 000 edifícios). Partilhou ainda que dispõe de uma ficha de avaliação de resistência sísmica de edifícios e que deverá haver uma articulação entre fichas de avaliação pré e pós-sismo. Realçou a importância de elaboração de uma ficha de avaliação de danos em equipamentos de apoio a emergência;
1.15 O IST propôs a realização de uma reunião do GT2 com peritos que tenham participado no levantamento de danos no edificado nas áreas afectadas por incêndios rurais em 2017, para partilha de metodologias e boas práticas.
2 – Formulário de avaliação de danos em património cultural
2.1 Foi decidido não avançar com a ficha de avaliação de danos para palácios que foi iniciada tendo por base o modelo italiano, mantendo-se no entanto relevante a existência de uma ficha de avaliação de danos para outras tipologias, como igrejas ou edifícios classificados. Assim, a ANPC irá aferir com a Direcção-Geral do Património Cultural o interesse em elaborar uma ficha de avaliação de danos pós-sismo para Monumentos;
3 – Outros assuntos
3.1 A ANPC informou sobre a realização do exercício internacional Cascade’19, em Maio de 2019, que inclui um cenário de sismo. A ANPC irá averiguar sobre a possibilidade de participação de equipas de avaliação de danos neste exercício e informará assim que possível.